Meditando o evangelho de Lc 7,31-35

 📖 No evangelho de hoje (Lc 7,31-35), Jesus compara sua geração a crianças sentadas na praça, que reclamam porque os colegas não reagiram como esperavam: “Tocamos flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes!” Não importava o que fosse feito — sempre havia frustração, porque o desejo era ser o centro da atenção.

🌿 Para os casais, essa passagem é um convite a olhar para dentro:

👑 O perigo de querer ser o centro do relacionamento

Jesus critica a postura infantil daqueles que dizem: “Tocamos flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes!” — sempre esperando que os outros reajam do jeito que desejam.

➡️ Para os casais: no relacionamento, isso acontece quando um dos dois transforma a vida a dois em um palco, sempre buscando aplausos, criando birras para chamar atenção ou colocando suas dores acima das do outro. Esses comportamentos desgastam a relação e revelam uma imaturidade que busca aprovação em vez de oferecer apoio. O amor, porém, não deve ser palco de vaidades, mas espaço de partilha, onde a maturidade se revela na capacidade de dar atenção e cuidado, e não apenas de esperar recebê-los.

🎭 Crescer no relacionamento

 Jesus critica as pessoas que se comportam de forma infantil: “A quem, pois, compararei os homens desta geração, e a quem são semelhantes? São semelhantes aos meninos…” 

 ➡️ Para os casais:  alguns comportamentos típicos da infância, quando persistem na vida adulta, são sinais de imaturidade: dificuldade de lidar com emoções (birras, silêncios, reclamações constantes), falta de responsabilidade pessoal (culpar sempre o outro, recusar-se a pedir perdão) e egocentrismo (recusar o diálogo, impor sempre a própria vontade). Crescer no relacionamento significa deixar essas atitudes para trás, assumir responsabilidades, aprender a gerir emoções e abrir espaço para o diálogo e a empatia. É nessa maturidade que o casal descobre que já não é mais o “eu”, mas o “nós”.

🌟 A sabedoria que dá testemunho de vida

 Jesus conclui: “A sabedoria é reconhecida por todos os seus filhos.” Quem vive o amor de forma madura dá testemunho de uma sabedoria que não é teórica, mas visível nos frutos do dia a dia.

 ➡️ Para os casais: a verdadeira sabedoria conjugal se manifesta em frutos concretos: paz no lar, confiança mútua, capacidade de perdoar e recomeçar. Essa é a sabedoria reconhecida — aquela que, sem precisar de muitas palavras, mostra no amor vivido a presença de Deus.